sábado, 4 de abril de 2015

Cancro... ou não cancro...

Olá! Cá estou eu de volta...


Desde que se tornou pública (ehehe até parece que sou uma figura pública) a minha doença que me tenho deparado com algumas situações um pouco caricatas...

Perguntam como estou e se o meu cancro é maligno? Ora... então se é um cancro, há-de ser maligno.

Eu acredito que seja o choque e principalmente a palavra cancro que leve as pessoas a fazerem esse tipo de pergunta!

Vejamos... esta semana fui visitar uma amiga que também infelizmente tem cancro de mama e anda em tratamentos. Conversa para aqui, conversa para acolá e a conversa foi qualquer coisa assim:

(eu)_ Oh pah, tens que te animar! Porra, há que agarrar o boi pelos cornos! Temos cancro e temos que lutar contra isto. Ponto!

(ela)_ Eh pah, não digas essa palavra ao pé de mim!

(eu)_ Oi? Que palavra que foi que eu disse? (ok, aqui fiquei baralhada... que foi que eu disse?!)

(ela)_ Cancro. Não digas isso ao pé de mim!!

(eu)_ Ok... Desculpa...



E eu pergunto-me... será que serei anormal e estou a levar isto de uma forma leviana? Chamar as coisas pelos nomes é assim taooo disparatado?


E pronto.. agora ando a pensar nisto...


Beijinhos Mil

6 comentários:

  1. Não, a tua amiga é que ainda não aceitou a doença...

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  2. Eu também pensei assim... Mas como nunca tinha vivenciado nada parecido, senti-me um pouco estranha por te-lo feito... Mas no meu intimo pensei que estaria bem em chamar as coisas pelo que são...

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  3. Dou-lhe os parabéns por conseguir chamá-lo pelo nome! Isso tira-lhe o poder que tem e ajuda-nos a derrubá-lo mais facilmente! Eu digo cancro desde o primeiro dia e ajudou-me fazê-lo!

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  4. Ola amiga Catarina! :) Sem duvida! A mim dá-me mais força tratá-lo pelo nome!

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  5. Tenho uma amiga que teve cancro, já há vários anos e quando me deu a noticia eu fiquei tão chocada que não sabia o que dizer. Recordo-me de na altura eu pensar "Ela estar mais tranquila que eu, não é normal". Hoje acredito que a força dela e o positivismo foram fundamentais para ultrapassar o problema.

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    1. Sem sombra de duvida Joana! Nunca pensei que teria cancro e quando me deparava com alguém que o tinha, pensava para mim... "Como é possível estar tão bem disposta/o... eu não era capaz"
      A verdade é que somos sim!!! Quando nos toca o improvável vamos buscar forças não sei bem onde! Mas acredita que o positivismo é essencial neste processo!

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